quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A ARTE DA LENTIDÃO

A LENTIDÃO
 

"'A lentidão', Milan Kundera escreve: 'Quando as coisas acontecem depressa demais, ninguém pode ter certeza de nada, de coisa alguma, nem de si mesmo'. E Explica em seguida, que o grau de lentidão é diretamente proporcional à intensidade da memória, enquanto o grau de velocidade é diretamente proporcional ao do esquecimento. Quer dizer: até a impressão de domínio das várias frentes, até essa empolgante sensação de onipotência que a pressa nos dá é fictícia. A pressa condena-nos ao esquecimento.

Passamos pelas coisas sem as habitar, falamos com os outros sem os ouvir, juntamos informação que nunca chegamos a aprofundar. Tudo transita num galope ruidoso, veemente e efêmero. Na verdade, a velocidade com que vivemos impede-nos de viver. Um alternativa será resgatar nossa relação com o tempo. Por tentativas, por pequenos passos.Ora, isso não acontece sem um abrandamento interno".
(MENDONÇA, J. T. LIBERTAR O TEMPO. PARA UMA ARTE ESPIRITUAL DO PRESENTE)


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